quarta-feira, 20 de maio de 2009

Música e êxtase pentecostal

Música e êxtase pentecostal

O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas igrejas pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações Espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções, desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos, mostra que a utilização da música nessas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.

De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto [do ano passado], “as igrejas pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar”. Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou a Igreja do Evangelho Quadrangular, instalada em 1950, e a Renascer, na década de 1980.

Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante à desse grupo. “Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Esse tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões”, explica Santos.

A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem “sambando para Deus”. “Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-Lo?”, essa é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso de tipos musicais registrados na tese.

As igrejas pentecostais têm como característica principal a crença no “batismo do Espírito Santo”, que teria acontecido pela primeira vez durante a Festa de Pentecostes, simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Nesse momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de “glossolalia”, que seria este “falar línguas estranhas”, e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas igrejas pentecostais. Seria um “retorno às origens e à verdadeira fé”, de acordo com o estudioso.

Segundo essa característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciaria uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. “No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo”, declara Valdevino Rodrigues dos Santos.

No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. “O transe que o indivíduo possa ter no ‘contato solitário com o divino’ é compartilhado nessas assembléias religiosas e isso vem aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial”, conclui Santos.

(USP Notícias)

Nota do blog Diário da Profecia: Há um segmento evangélico anunciando em sua rádio uma programação alternativa para os cristãos no período do Carnaval. Paradoxalmente, esse mesmo segmento está propagandeando um evento em uma de suas igrejas, onde haverá um “bom samba”, com letra “cristã”, claro. Sem dúvida alguma, sinal dos tempos. Não há limite para a incoerência.

Infelizmente o mesmo argumento do artigo, qual seja o de atingir pessoas que normalmente não se interessariam por um culto convencional e, ainda que sob a alcunha de “algum critério” (que ninguém foi capaz ainda de demonstrar qual seja), tem sido defendido por alguns adventistas. Não sabemos em que momento, muito menos com que intensidade, mas o que está acontecendo no meio evangélico ainda há de ocorrer de forma paralela entre nós.

E não sou eu que estou afirmando, está profetizado.

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A música nos últimos dias – louvando a quem?

A música nos últimos dias – louvando a quem?

Quero hoje apresentar uma profecia que tem sido objeto de minha preocupação nos últimos tempos. Foi feita por Ellen White, em janeiro de 1901, e entre outras coisas faz referência ao modo de adorar de um movimento adventista fanático que apareceu em Indiana (EUA), chamado de “Carne Santa”. Seus participantes achavam que na experiência do Getsêmani Jesus obtivera “carne santa”, isto é, como a de Adão antes da Queda. Durante os cultos, buscavam demonstrações físicas e desenvolviam alto grau de excitação com o uso de diversos instrumentos musicais (órgãos, flautas, violinos, tamboris, buzinas, e mesmo um grande tambor baixo), em som alto e estridente. Oravam e cantavam até que alguém da congregação caísse do assento, prostrado inconsciente. Vários se reuniam em volta dessa pessoa, cantando e orando, e quando ela voltava a si, era dito que havia obtido a “carne santa”, não havendo mais a possibilidade de pecar e que nunca haveria de morrer. Dois pastores, Haskell e A. J. Breed, foram enviados à reunião campal deles em Munice, Indiana, realizada entre os dias 13 e 23 de setembro de 1900, a fim de enfrentar o fanatismo.

Ellen G. White soube desses acontecimentos enquanto estava na Austrália, em janeiro de 1900, e, então, recebeu orientação de Deus quanto aos perigos dessas práticas. Mas entre outras coisas que o Senhor lhe revelou sobre o assunto, o que mais me impressiona é a comparação que Deus faz entre o que ocorria dentro do movimento e o que acontecerá no futuro, entre o povo de Deus:

“Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, músicas e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se poderá confiar neles quanto as suas decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 36). Um pouco antes, na mesma profecia, Ellen G. White aponta para o tempo em que essas manifestações voltariam a aparecer, afirmando: “O Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça.”

Note bem que nesta profecia, que foi escrita quando Ellen estava na Austrália, no ano de 1901 (mais precisamente no dia 17 de abril), Deus lhe revelou que essas coisas aconteceriam “imediatamente antes da terminação graça”. À semelhança do que ocorrera em Indiana, surgiria algo estranho, envolvendo “gritos com tambores, música e dança”. Portanto, temos aí mais um sinal da proximidade da volta de Jesus, e precisamos estar atentos.

Mas qual é a preocupação de Deus com o Seu povo? Em toda a história da humanidade e do povo de Deus, vemos a adoração como estando no centro do conflito entre o bem e o mal. A adoração sempre foi o campo mais cobiçado de Satanás. A questão é: a quem adorar e como adorar.

Após a Queda no Éden, foi travado o primeiro combate sobre a maneira correta de adorar. Caim, com os seus frutos, e Abel, com o seu cordeiro. Caim adorando como sua mente carnal orientava; Abel adorando como Deus havia ensinado (Gn 4:3-8). Ao longo da história do povo de Israel, a tentação foi constante para afastarem-se da forma correta e do verdadeiro objeto de adoração (Deus). Chegaram ao ponto de entregar seus filhos ao deus Moloque como ato de adoração (Jr 32:35 e 2Rs 23:10). Satanás, quando se apresentou a Cristo no deserto, pretendia até entregar o mundo e seus habitantes de volta ao Seu Dono, mas sempre à sua maneira, do seu jeito. “Tudo Te darei se prostrado me adorares” (Mt 4:9).

Meu querido companheiro cristão, uma das últimas batalhas que o povo de Deus terá que enfrentar é a de decidir a quem adorar e como adorar. A adoração será o ponto de conflito entre o bem e o mal, e todos os cristãos, sinceros e falsos, estarão envolvidos nesse conflito. Precisamos estar atentos, pois o inimigo nunca vem até nós de forma clara, aberta e já declarando suas intenções. Sempre virá de forma velada, escondida, sem revelar sua real intenção.

Querendo proteger a Igreja, Deus deixou uma profecia alertando sobre os problemas que ela enfrentaria bem perto da volta de Jesus. A profecia diz que nos cultos apareceriam “gritos com tambores, música e dança”.

Satanás conhece o valor da música e é por isso que faz tanto esforço para introduzir no culto esses elementos que, ao contrário de adorar ao Deus do Céu, adoram ao deus das trevas. Existem hoje músicas que nada mais são do que gritos estridentes, que ferem a muitos que as ouvem. Boa parte das músicas de agora não tem “tambores”, mas tem a bateria, que leva alguns ao delírio e outros às lágrimas de tristeza; não tem “tambores”, mas tem uma infinidade de instrumentos que são devidamente arranjados pelo inimigo dentro de alguns play-backs (nem todos).

Quando se termina a apresentação de algumas músicas com essas características, muitos não conseguem lembrar de uma frase sequer do texto, pois a “gritaria”, o barulho dos instrumentos e a excitação dos sentimentos acabaram por ocultar a mensagem. O que presenciamos hoje em alguns corais e conjuntos, em minha opinião, é o cumprimento exato dessa profecia. Assisti a uma apresentação, por exemplo, na qual maestro e os coralistas dançavam em pleno “culto”.

Minha querida Igreja, a profecia vai ser cumprida, mas ai de quem a cumprir. Jesus disse que os escândalos viriam, mas ai daqueles por quem vierem (Lc 17:1). Essa forma errada de adoração seria introduzida nos cultos, mas ai daqueles que a introduzissem. Este “ai” foi pronunciado pelo dono da Igreja, Jesus Cristo.

O que me choca é que muitos, hoje, não estão querendo enxergar o que de fato estão vendo, e outros simplesmente não estão percebendo nada, ou melhor, não vêem mal algum nesse tipo de música. Alguns chegam a dizer que os tempos mudaram e que os jovens precisam de algo mais alegre. É verdade, os tempos mudaram, mas essas mudanças não são, infelizmente, produzidas por Deus (Rm 12:2). Não estou combatendo a música e o uso devido dos instrumentos na adoração; estou alertando acerca de um problema que aparece cada vez mais em nosso meio. Sinto profunda tristeza ao ver que em muitas de nossas reuniões essa profecia já está se cumprindo.

Para alguns grupos musicais o importante é o show, o espetáculo, e não a adoração a Deus. Para outros, o êxito da apresentação é medido pela reação dos espectadores, sendo sinal de sucesso o balançar das mãos, palmas acompanhando o ritmo, e ao final da música, à semelhança de qualquer banda de rock, a explosão da multidão em gritos e assobios. Essas reações, e eu mesmo já as presenciei, são semelhantes às que se vêem nas reportagens de grupos musicais seculares, com a diferença de que se pretende prestar um culto a Deus.

Note o que Ellen White ainda diz sobre este assunto: “O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e da multidão de sons como me foram apresentados em janeiro último [referindo-se à música do movimento da “Carne Santa”]. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 37).

Meu querido, é esse o tipo de culto que vai levar alguém a aproximar-se de Deus? Ele mesmo já declarou que o Espírito Santo não tem nada a ver com tal confusão. É Satanás quem está ali, podendo usar até boas pessoas para que o verdadeiro culto não aconteça. Veja o terrível risco que se corre ao brincar com estas coisas: “Esses [em Indiana] foram arrastados por um engano espírita” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 595).

Até quando ficaremos covardemente calados diante do que está acontecendo em nosso meio? Quem vai se levantar e, com amor, ensinar a esses bons irmãos sobre qual é a vontade da Deus acerca deste assunto? Até quando seremos alimentados com músicas que não nos aproximam de Deus, mas nos ferem?

Eu suplico ao meu Deus que nos abra os olhos para que vejamos o perigo que nos está rondando e o engano que Satanás está tentando introduzir em nosso meio, de forma sutil, lenta e gradual. A profecia diz que haveria muitos gritos, música e dança, mas a pergunta que cada filho de Deus precisa fazer é: Serei eu o cumpridor dessa profecia? Note o alerta feito por Deus: “Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira como é dirigida” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 38. A profecia, feita há mais de cem anos, é mais um indício de que estamos vivendo no fim da história deste mundo. A profecia esta aí, mas quem a cumprirá?

Espero que nenhum de nós seja o cumpridor dessa triste profecia, mas que nossas músicas nos cultos tenham um único objetivo, que é o de exaltar ao nosso Criador; que todos os que receberam de Deus o dom de cantar usem-no somente para engrandecer ao Doador da voz e ao Criador da música; que Ele seja o único a ser louvado com as músicas apresentadas, e que os espectadores possam, ao término da cada música, estar mais perto de Jesus; que a boa música prevaleça em todas as nossas reuniões campais, congressos e camporis. Onde o Senhor for adorado, que ali tenhamos sempre o melhor para o Melhor: Deus.

(Pastor Élbio Menezes, presidente da Associação Norte-Paranaense)

Nota: dias atrás, recebi o seguinte e-mail preocupante: “Em setembro, fui ao .........., para ouvir um musical. Eu estava muito empolgada e convidei duas visitas. Infelizmente, alguns cantores cantaram literalmente gritando! Isso é uma ofensa aos ouvidos! Um cantor gritou tanto que, no fim, a maior parte da platéia gritava exaltando-o! Juro que fiquei com medo e vergonha. As minhas visitas eram uma mulher de mais ou menos 45 anos e o filho, de 22 anos. No fim, ela saiu de lá com dor de cabeça e eu também. O filho dela disse que não se incomodou, pois ele estava acostumado a ir a shows de rock onde o pessoal grita muito também! Triste... muito triste mesmo! O que mais me deixa triste é que a direção [do evento] não fez nada para impedir um ‘show’ assim.”

Será que a profecia de um século não está começando a se cumprir em nossos dias?
Fonte

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

JIU-JITSU NO ALTAR!

Jiu-jitsu no Altar!
2 Pitacos!
Matéria (estranha) publicada na Folha de São Paulo chamou minha atenção, bom, vamos primeiro para matéria:

Igreja Renascer monta ringue de vale-tudo em templo para atrair mais jovens a culto em SP


Pastor Mazola, em pé no altar próximo ao ringue construído para "atrair" jovens lutadores e adeptos das artes marciais para o templo, narra à platéia a luta e abre a contagem.
No intervalo, nada de meninas e placas, mas sim louvores e testemunho do pastor.
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Após o culto, retornam as atividades e madrugada adentro as lutas continuam. Durante a Semana, o templo fica aberto para treinos e atividades esportivas.
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A folha entrevistou alguns participantes e também a antropóloga Clara Mafra, que curiosamente foi ao ponto da questão:
"Nos anos 40, eles introduziram no Brasil guitarras em cultos. Nos anos 50, a Assembléia de Deus fez concursos de miss entre as irmãs e não deu certo. A junção de sagrado e mundano causa estranheza, que pode ser ruim ou ter apelo como bom marketing religioso."
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Tento imaginar até aonde vai o limite do homem. Penso que em breve veremos nos templos sessões de jogos com Play Station ou corujão de Counter Strike para trazer os adolescentes para igreja.
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Quem sabe entre uma rodada e outra de tiros o pastor se levante usando roupa camuflada e coturno e faça o apelo.
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Ou quem sabe teremos uma sessão para as mulheres da igreja assistirem o final da novela juntas e logo após então uma reunião de oração pelos casamentos destruídos.
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A igreja possui um papel social muito importante na comunidade onde está inserida. Deve sim buscar alternativas para alcançar a todos, e não medir esforços para que o evangelho e a Palavra sejam anunciados, mas existe um limite tênue entre a função social e o "marketing religioso".
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Afinal? tudo é lícito se o objetivo é evangelizar?
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Confundimos quando pensamos que qualquer ação é justificável se o desejo final é levar alguém a Cristo, os esforços não devem ser medidos, as ações sim!
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Templos tem se tornado pelas mãos humanas em circos, e o altar o picadeiro para palhaçadas! Nem precisa ser dito quem é o palhaço.
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Mandingas, simpatias, amuletos, magia e toda sorte de imundícia contaminam aquele que deveria ser um lugar santificado, separado.
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O pior é que não existe circo, picadeiro e palhaço se não existir platéia, e esta só vai ao circo por que deseja assistir o espetáculo! É em nossas mãos que está a reação para mudar, em nós o poder de escolha e decisão.
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Mas quantos querem uma fé mais pura, um cristianismo mais simples, um retorno ao evangelho. Se estas práticas interferem em nosso estilo de vida ou conceito, preferimos ver qual será a próxima atração do circo.
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Comportamento, Cotidiano, Teologia Barata |