domingo, 4 de janeiro de 2009

A MÚSICA ROCK NOS ANOS SETENTA - Dr. Samuelle Bacchiocchi - Prof. da Andrews University.

A MÚSICA ROCK NOS ANOS SETENTA - Dr. Samuelle Bacchiocchi - Prof. da Andrews University.
A rejeição aberta ao Cristianismo, a desilusão dos ensinamentos hindus, e o uso das drogas para induzir a uma “experiência psicodélica”, cada um destes, a seu modo, contribuiu para o surgimento de uma música supersticiosa e satânica que dominou os anos setenta e continuou até nossos dias.
A Década da Música Satânica. Em seu livro Confronting Contemporary Christian Music, Hubert Spence, professor e presidente da Foundations Schools, fornece uma lista informativa dos grupos e títulos de canções que saíram durante os anos setenta e início dos anos oitenta com claras referências ao inferno e a Satanás. Ele escreve: “Primeiro nos títulos, havia ‘Go to Hell’ (Vá Para o Inferno) por Alice Cooper; ‘Highway to Hell’ (Rodovia para o Inferno) do AC/DC; ‘Hell Ain’t a Bad Place to Be;’ (O Inferno Não é Um Lugar Ruim Para Estar) ‘Good Day in Hell’ (Bom Dia no Inferno) pelos the Eagles. Alguns títulos de canções envolvem Satanás, Lúcifer, ou o Diabo: ‘Their Satanic Majesty’s Request;’ (O Pedido da Sua Majestade Satânica); ‘Dancing with Mr. D’ (Dançando com o Sr. D.); ‘Sympathy for the Devil’(Simpatia pelo Diabo) – todas dos Rolling Stones. Nesta última canção, ‘Sympathy for the Devil’, o próprio Lucifer fala e pede ‘cortesia’ e ‘simpatia’ de todos que se encontram com ele. Outros títulos de canções indicam temas de bruxas, feiticeiros, e encantadores, os quais são todos centralizados no oculto. Outras canções incluem ‘The Wizard’ (O Feiticeiro) do Black Sabbath, e ‘Rhiannon’ por Fleetwood Mac (dedicado a uma bruxa do País de Gales do mesmo nome)... Outras canções tratam de sacrifício humano, como uma do AC/DC intitulada ‘If you Want Blood, You’ve Got It.’ (Se você Quer Sangue, Você Terá.) O tema reapareceu na canção do Black Sabbath, ‘Sabbath, Bloody Sabbath’ (Sábado, Sábado Sangrento).” 22
Algumas das músicas rock são diretamente dirigidas a Satanás. Brian Johnson do AC/DC canta sobre Satanás matando impiedosamente as pessoas na canção “Hell’s Bells,” (Sinos do Inferno), dizendo,: “Eu sou um trovão retumbante, a chuva que cai, estou chegando como um furacão; meu relâmpago está flamejando no céu; você ainda é jovem mas vai morrer. Eu não levo prisioneiros, não pouparei nenhuma vida; ninguém vai lutar. Eu tenho meu sino, vou levá-lo ao inferno; Vou pegar você, sim. Satanás vai te pegar, os sinos do inferno, sim, os sinos do inferno.” Outro cantor do AC/CD, Bon Scott, canta sobre Satanás no sucesso “Highway to Hell,”(Rodovia para o Inferno), dizendo,: “Ei, Satanás olhe pra mim, Eu estou no caminho para a Terra Prometida, estou em uma rodovia para o inferno.” A canção “Bohemian Rhapsody” (Rapsódia Boêmia) gravada pelo grupo homossexual “Queen”, tem uma linha que diz: “Belzebu tem um demônio separado para mim.”
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Chris De Burg mistura blasfêmia com ocultismo em suas canções. A capa de seu álbum “Chris De Burg Live S.A.,” inclui a cruz cristã e o símbolo satânico da cruz invertida. Sua canção, “Spanish Train” (Trem Espanhol) termina com as palavras “O diabo ainda engana e ganha mais almas. Quanto ao Senhor, bem, ele está apenas fazendo o melhor que pode.”
Iron Maiden tem sido criticado por fazer mais músicas satânicas do que qualquer outra banda. A maior parte de suas letras são obcecadas com simbolismo infernal. O álbum “The Number of The Beast” (O Número da Besta), que é anunciado como sendo prensado nas chamas do inferno, inclui uma canção chamada “666”. A faixa de abertura de “Moonchild” (Filho da Lua) é supostamente cantada pelo diabo.
Influência Satânica. Como mencionado acima, o grupo Fleetwood Mac tinha um sucesso chamado “Rhiannon”, que era dedicado a uma bruxa do País de Gales. Stevie Nicks, o vocalista principal, às vezes dedicava canções de um concerto a “todas as bruxas do mundo”. Suas tendências satânicas são evidentes nas palavras de encerramento da canção “Salve, grande sombra de demônio, grande sombra de dragão.”
O nome do grupo “Black Sabbath” se refere a um ritual ocultista, que eles se tornaram conhecidos por apresentarem em alguns de seus concertos. Seu primeiro álbum, “Black Sabbath” apresentava uma feiticeira na capa. Seus álbuns incluem “We Sold Our Souls for Rock and Roll” (Nós Vendemos Nossas Almas pelo Rock and Roll), com uma capa apresentando o “S” satânico e “Sabbath, Bloody Sabbath” (Sábado, Sábado Sangrento), com uma capa mostrando um ritual satânico nu adornado com o número do anticristo, 666.
O historiador de rock Steve Turner descreve este período, dizendo: “Como nenhum outro grupo de rock antes deles, os Rolling Stones invocaram o demônio, intitulando um álbum ‘Their Satanic Majesty’s Request.’ Eles até mesmo invocaram a pessoa de Lúcifer e, em muitas ocasiões, tocaram em associação ao oculto. Em um especial de TV Jagger arrancou sua camisa preta para revelar uma tatuagem do diabo em seu peito”. 23
A música rock deste período também se relacionava com atividades de ocultismo. Estas incluíam a vida consciente após a morte na canção de Jefferson Starship “Your Mind has Left Your Body,” (Sua Mente Deixou Seu Corpo), e a canção de Gary Wright “Dream Weaver.” (Fabricante de Sonhos). A adoração ao sol está presente em canções tais como “Light the Sky on fire” (Ilumine o Céu com fogo) por Jefferson Starship. Também havia uma canção chamada “God the Sun” (Deus o Sol) cantada pelo grupo América.
Também pode ser vista a influência Satânica da música rock naquelas canções que encorajavam o suicídio. Por exemplo, havia a canção “Don’t Fear the Reaper” (Não Tema o Ceifeiro) cantado pelo Blue Oyster Cults; “Why Don’t You Die Young and Stay Pretty” (Porque Você Não Morre Jovem e Permanece Bela) pelo Blondie; e “Homocide” pelo Grupo 999 (que é 666 invertido).
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Outras canções promovem o abuso ou até mesmo o assassinato de crianças. Dead Kennedy gravou uma canção chamada “I Kill Children.” (Eu Mato as Crianças.) Parte da letra diz: “Deus me disse que o esfolasse vivo, eu mato as crianças, adoro vê-las morrer. Eu mato as crianças e faço suas mamães chorarem. Esmaga-las embaixo do meu carro, quero ouvi-las gritar; dar a elas um doce envenenado, para acabar com seu dia das bruxas”. O mesmo tema é encontrado nas canções as “Children of the Grave” (Crianças da Sepultura) do Black Sabbath e “Hell is for Children” (O Inferno é para as Crianças) de Pat Benatar.
Talvez um dos temas Satânicos mais asquerosos encontrados na música rock deste período, é a idéia de fazer sexo com demônios. “Muitos acreditavam que um demônio em forma feminina tinha poderes de união sexual com os homens durante seu sono. O sucesso de 1978 ‘Undercover Angel’ (Anjo Disfarçado) lidava com esta crença. Terry Gibb em seu sucesso de 1980 ‘Somebody’s Knocking’ (Alguém está Batendo), promovia relações homossexuais com demônios. E a canção de Alice Cooper ‘Cold Ethyl’ (Ethyl Fria) promovia a necrofilia, ou a coabitação com um cadáver mantido no congelador”. 24 E Alice Cooper também canta uma canção chamada “I Love the Dead” (Eu Amo os Mortos), na qual uma melodia evocativa fala abertamente e graficamente sobre se envolver com sexo com um cadáver.
Símbolos Satânicos. O profundo envolvimento de alguns astros de rock com o oculto e a adoração satânica é refletida no uso por eles de símbolos satânicos. Como a Cruz e a água servem como símbolos do Cristianismo, da mesma forma os adoradores de Satanás desenvolveram seus próprios símbolos, que alguns astros de rock usam, especialmente nas capas de seus álbuns. Um exame atento de todos os símbolos Satânicos nos levaria além do escopo limitado deste capítulo. Mencionaremos apenas alguns poucos. 25
Um dos símbolos satânicos proeminentes usados por grupos de rock é o “S”, desenhado como um pequeno relâmpago serrilhado. Este símbolo é derivado de Lucas 10:18, o qual diz: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago.” O “S” impresso como um pequeno relâmpago serrilhado, aparece no nome do grupo de rock KISS e repetidamente no álbum “We Sold our Soul to Rock ‘n’ Roll” (Nós Vendemos nossa Alma ao Rock ‘n’ Roll), produzido pelo grupo chamado Black Sabbath. David Bowie é fotografado em um de seus álbuns com o mesmo “S” serrilhado, pintado em sua face.
Uma cruz invertida foi símbolo do Satanismo por séculos. É usada como pano de fundo para algumas das apresentações de Madonna. Foi uma característica da excursão mundial de 1981 dos Rolling Stones e apareceu na capa de um álbum do Duran Duran.
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Outro símbolo satânico é o pentagrama, uma figura de cinco pontas em forma de estrela simbolizando a adoração a Satanás. O grupo de rock Rush usa este símbolo extensivamente nas capas de seus álbuns. O símbolo satânico “Winged Globes” (Globos Alados) que consiste em um disco solar, é usado por grupos de rock tais como Aerosmith, Journey, Reo Speedwagon, e New Riders of the Purple Sage. Outros símbolos satânicos usados por grupos de rock incluem a serpente, a pirâmide egípcia, a cabeça de bode, o crânio, e o hexagrama. O grupo de rock Santana tem um álbum, Abraxas, que recebeu este nome por causa de um poderoso demônio da feitiçaria. Em outro álbum, Festival, eles apresentam um ídolo Hindu na capa com duas serpentes de cada lado do ídolo. As duas serpentes representam a dualidade do bem e do mal que podem viver em harmonia entre si.
Em seu livro Numerologia, Sybil Leek, uma das bruxas mais bem conhecidas da Inglaterra, afirma que “Muitos músicos de rock lançam feitiços e encantamentos sobre a sua música, e então, para demonstrar que fizeram um pacto com o demônio, colocam símbolos do ocultismo nas capas de seus discos. Tais símbolos incluem bolas de cristal, cabeças de bodes, cruzes de cabeça para baixo, caracteres das cartas de tarô, pirâmides, 2/4, símbolos do Zodíaco da quiromancia, o asno satânico, uma estrela de cinco pontas em um círculo, a língua estendida, e “Il Cornuto”. 26 O último símbolo é um sinal tradicional siciliano que consiste dos dedos indicador e mínimo estendidos, enquanto os outros dedos ficam dobrados em um punho. O símbolo é usado por praticantes das artes negras para repelis o “mal-olhado”. Os Beatles parecem ter sido a primeira banda de rock a usar este símbolo na capa de seu álbum “Yallow Submarine”.
Envolvimento satânico. Os símbolos satânicos usados por estrelas de rock são reflexos do seu envolvimento com o oculto e a adoração satânica. Alguns deles expressaram abertamente em entrevistas o seu envolvimento em atividades ocultas. Hubert Spence relata alguns exemplos: “O cantor e líder do grupo Meat Loaf declarou: ‘Quando eu subo num palco, fico possuído.’ O compositor, Jim Steinman disse, ‘sempre fui fascinado pelo sobrenatural e sempre senti que o rock era o meio perfeito para isto.’ O cantor e líder do grupo Queen, Freddie Mercury, disse, ‘No palco eu sou um demônio. Eu acho que posso ficar louco daqui a vários anos.’ David Bowie que tinha o desenho de pentagramas em suas paredes disse, ‘O rock sempre foi a música do Diabo porque deixa entrar os elementos mais básicos.’ Ozzie Osborne, formalmente do Black Sabbath, é um adorador professo do diabo. Ele disse, ‘eu sei que há alguma força sobrenatural me usando para produzir meu rock and roll.’” 27
“Os Rolling Stones excederam-se num concerto anos atrás em Altamont, Califórnia. Enquanto eles cantavam ‘Sympathy for the Devil’, vários
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membros dos Hell’s Angels (Anjos do Inferno) (uma gangue de motociclistas contratados para serem uma forca de seguranças dos Stones) foram para a frente do palco e bateram num menino negro até a morte diante de milhares de fãs gritando. Tais atitudes inspiraram Don McLean a escrever seu sucesso de rock ‘American Pie.’ Na canção ele descreve a cena horrorosa daquele concerto: ‘Enquanto eu o assistia [Mick Jaggar] no palco, minhas mãos cerraram os punhos de raiva. Nenhum anjo nascido no inferno poderia quebrar aquele encanto de Satanás. E enquanto as chamas subiram altas na noite, para começar o ritual de sacrifício, eu vi Satanás rindo com prazer. O dia em que a música morreu.’” 28
Outro exemplo do desrespeito total pela vida humana é dado pelo grupo de rock conhecido como The Who. Em 1979 eles apresentaram um concerto em Cincinnati, Ohio, no Riverfront Coliseum. À abertura daquele concerto foram pisoteadas onze pessoas até a morte pela multidão que lutava para entrar. Qual foi a resposta de Townshend, o líder da banda, para estas mortes trágicas? Puro cinismo. Em uma entrevista publicada pela revista The Rolling Stone, ele disse: “Nós somos uma banda de Rock and Roll. Você sabe, nós não ___ por aí, nos preocupando com onze pessoas que morreram”. 29 Tal indiferença insensível para com a perda de onze vidas humanas só pode ter sido inspirada pelo próprio Satanás, que, como disse Jesus, “foi homicida desde o princípio “ (João 8:44).
Em seu livro Dancing with Demons, Jeff Godwin dá surpreendente evidência de vários músicos de rock populares que estudaram a antiga batida da adoração satânica. Estes roqueiros incluem Brian Jones (Rolling Stones), John Phillips (The Mamas and the Papas), Paul McCartney (Beattles), Mick Fleetwood (Led Zeppelin) .30 Estes homens tiveram estudos com mestres satânicos para aprender a usar de forma eficaz o poder hipnótico da batida do rock em suas canções.
A presença da influência satânica no ritmo e nas mensagens de muitas canções de rock, faz-nos lembrar do objetivo de Satanás em promover não apenas o pecado e confusão, mas também na adoração de si mesmo. Isto era verdade antes dele ter sido expulso do céu (Isaías 14:12-16), era verdade quando ele tentou a Cristo oferecendo-Lhe todos os reinos do mundo em troca da adoração (Mateus 4:8-9), e ainda é verdade hoje em dia. Satanás sabe que a música rock é um instrumento muito eficaz que ele pode usar eficientemente para levar milhões a adorá-lo no lugar de Deus. Ele quer adoração e isto é exatamente o que ele está recebendo através da música rock.
O empresário de uma das maiores bandas de rock explica que o rock passou por quatro fases: sexo, drogas, punk rock, e pactos com Satanás. Falando sobre a última fase, ele diz: “Agora descobrimos a melhor motivação que existe para comprar um produto. A melhor motivação que existe é o compromisso religioso. Nenhum ser humano jamais fez um compromisso mais profundo
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que o compromisso religioso, então nós decidimos que nos anos oitenta vamos realizar cultos religiosos nos nossos concertos. Vamos anunciar a nós mesmos como o Messias. Vamos fazer aproximações e pactos com Satanás… e nós seremos adorados.” 31 A afirmação é assustadora porque fala de uma associação deliberada com Satanás.
Resumindo, o cenário do rock nos anos oitenta foi, verdadeiramente, um deserto moral e social que desafia qualquer descrição. Parece que quanto mais depravadas eram as letras, mais álbuns eram vendidos. O Motley Crue vendeu dois milhões de cópias de “South of the Devil” que diz: “As luzes se apagam; minha faca penetra; tire a vida dele; considere morto o bastardo.” A popularidade de tal música rock ultrajante, que descaradamente promove assassinato, violência, e adoração satânica, nos fornece uma das mais inegáveis evidências da natureza sacrílega e depravada da música rock.
À luz dos fatos que acabamos de revelar sobre a música rock nos anos setenta, deixe-nos colocar novamente nossa intrigante questão: Pode a música rock, que promove o desafio contra Deus, rejeição de valores morais aceitos, e glorificação de Satanás, ser adotada legitimamente e transformada em um meio apropriado para adorar a Deus e proclamar o Evangelho? Ao respondermos a esta pergunta, é importante nos lembrarmos que o meio afeta a mensagem. Se o meio é associado com a rejeição da fé cristã, sexo, drogas e práticas de ocultismo, ele não pode ser legitimamente usado para comunicar as afirmações morais do Evangelho.

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